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POWER RANGERS (RESENHA)

  • Caique Santanna
  • 2 de abr. de 2017
  • 3 min de leitura

O estilo Tokusatsu pode ser brega e bizarro, mas Power Rangers fez parte da minha criação criativa. Grande parte da minha paixão por super pessoas, super fodões, super fantásticos, supers supers, se deve a Power Rangers, que alegrava minhas horas de almoço. Depois de anos sem voltar a assistir o seriado e respirando novos ares cinéfilos, lá estava eu no cinema vendo um novo remake dos heróis de colante - ou apenas um Eu fisicamente maduro, mas mental e espiritualmente uma criança como se estivesse na hora do almoço.


Na história, Jason (Ranger Vermelho) é o popular que só se mete em confusão, "quebra" de esteriótipo e tem uma péssima relação com o pai. Billy (Ranger Azul) sofre com espectro autista e tem problemas para se relacionar com as pessoas e entender algumas coisas. Kimberly (Ranger Rosa) já foi muito popular, mas perdeu o posto após se tornar rebelde com atitudes que a deixa vulnerável. Trini (Ranger Amarela) está sempre, não tem amigos e tem que lidar com a ocultação da sua sexualidade. Por fim, Zack (Ranger Preto) é arrogante, individualista e vive distante dos colegas por morar sozinho com sua mãe doente. Temos aqui 5 adolescentes cheio de problemas e camadas, que pela força do destino, se encontram e são escolhidos para se tornarem heróis fantásticos e salvar a Terra de uma ameaça alienígena.

O longa é uma homenagem ao seriado e um filme de drama adolescente ao mesmo tempo. O que a série faz de enjoado, o filme faz ser mais profundo. Os 5 jovens protagonistas não são mais adolescentes perfeitos sem ao menos um problema na vida. Eles são muito problemáticos. Cada um possui sua sub-trama que o desenvolve e o aprofunda na história, fazendo você se importar com eles. Os atores não são estreantes, mas são caras novas e ambos estão bem. Destaque para RJ Cyler (Billy) e Dacre Montgomery (Jason). O primeiro é muito engraçado e consegue ser o melhor personagem do filme. O segundo faz bem a postura de líder e sua importância é gritante. Naomi Scott (Kimberly) tem poucos momentos mas está bem. Quanto a Becky G (Trini) e Judi Lin (Zack) foram mal colocados apesar do desenvolvimento. Quando eles aparecem, você sente como se eles fossem jogados ali para preencher a equipe.



Os personagens coadjuvantes são muito bons. Bryan Cranston - mesmo sendo só um rosto pixelado em 3D - faz um ótimo Zordon, e Bill Hader está divertido na voz do assistente Alpha. Mas entre eles, Elizabeth Banks se destaca. As primeiras cenas da vilã Rita Repulsa são apavorantes, você sente a ameaça que essa mulher passa. Após um tempo Rita passa a expor mais carisma e humor, mas nada que afete a boa atuação de Banks.


Os efeitos são convincentes quando não estamos nas grandes sequências com os Zords. O design dos animais gigantes dos Rangers são muito mal definidos, quase não dá para identificar que Zord é o quê. O tão esperado Megazord não passa de uma espécie de Transformers misturado com Jaeger. O gigante vilão Goldar é legal, mas visualmente preguiçoso.

A trilha sonora me surpreendeu. A orquestra heróica está presente acompanhada daquelas músicas que são típicas para playlist no Spotify. Toda direção sonora é bem colocada e perfeitamente planejada para engajar o público em cada cena. Ouçam todos os soundtrack, é realmente bom.


Power Rangers tenta homenagear a série original com um tom mais sério e consegue. É um bom filme de origem e um drama adolescente muito bom. É até que surpreendente ter 80% do foco no desenvolvimento dos personagens fora das grandes acrobacias e lutas impactantes. Infelizmente temos poucos minutos de ação nostálgica, mas abre muito bem o universo para novos filmes da franquia. Apesar das má escolhas no design e da dependência da fonte pra funcionar, eu me empolguei com o GO GO POWER RANGERS e ignorei os erros quando estava no cinema. Fortemente recomendado para os fãs!


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Sobre mim

Pseudo-cinéfilo louco por filmes, séries, quadrinhos, paçoca, cheiro de bola de tênis e faz vídeos pro Youtube. Trouxe uma galerinha pauleira pra falar de cultura pop de um jeito mais INCRÍVEL e DAORA!!!

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Caique Santanna Grão-Mestre

Pseudo-cinéfilo louco por filmes, séries, quadrinhos, paçoca, cheiro de bola de tênis e faz vídeos pro Youtube. Trouxe uma galerinha pauleira pra falar de cultura pop de um jeito mais INCRÍVEL e DAORA!!!

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