KONG: A ILHA DA CAVEIRA (RESENHA)
- Caique Santanna
- 13 de mar. de 2017
- 2 min de leitura

De todos os monstros que já marcaram as telonas, o Rei Gorila é o meu favorito. Agora utilizado em um Universo de Monstros da Legendary, Kong ganha seu melhor material de entretenimento de todos que já trataram desse personagem icônico.
Kong: A Ilha da Caveira trás uma história diferente da clássica e da adaptação de Peter Jackson (que muita gente odeia, mas eu gosto muito). Na trama estamos na década de 70 pós-guerra do Vietnã. Uma organização secreta descobre a misteriosa "Ilha da Caveira", lar de uma grande massa de criaturas extraordinárias e - surpresa deles e de soldados sobreviventes da guerra - um gigantesco gorilão da p****.
O filme conta com um elenco muito bom. Tom Hiddleston como um antigo capitão da Guerra, agora contratado por suas grandes habilidades de sobrevivência. Brie Larson (meu amor) como uma fotógrafa anti-guerra. Samuel fuckin' Jackson como um tenente do exército e do esquadrão aéreo. John Goodman como pesquisador da organização secreta "Monarch" e responsável pelo "passeio" à Ilha. John C. Reilly, como um antigo soldado da guerra que vive na Ilha à quase 30 anos morando com os nativos. E outros rostos bastantes conhecidos.

É justamente nesse ponto que o filme peca muito: Os personagens. Nenhum deles é bem desenvolvido, pelo contrário, todos são muito mal escritos. É notável o esforço dos atores mas o material que ambos têm é muito limitado. Claramente o valor de entretenimento foi o principal foco aqui, fazendo com que os piores erros fiquem de segundo plano.
Sobre esse tal "valor de entretenimento", temos um grandioso blockbuster de encher os olhos de tanta beleza visual. O cenário de guerra homenageia claramente a grandes filmes como Platoon e Apocalipse Now, tendo o segundo grandes referências em sua fotografia. Aliás. Que fotografia! É belíssimo ver o plano de helicópteros com um gorila gigante no fundo contra a luz alaranjada do sol. Os movimentos de câmera são imersivos e dinâmicos, nos proporcionando uma sequência eletrizante que é o primeiro ataque do Kong.

Vale ressaltar o incrível trabalho de edição de som. Tudo muito bem encaixado trazendo veracidade às grandes cenas de ação. A trilha sonora foi muito bem escolhida, variando de um rock gritante à sinfonias eletrônicas, dando até otimismo ao um filme de monstro e catástrofe. O otimismo para quando o filme tem a linda coragem de matar personagens. Mesmo não nos importando com eles, o magnífico trabalho visando a diversão faz com que as mortes sejam um show visual.

Nosso amado gorila ganha um filme que DEVE ser visto do cinema, com um grande valor de diversão e entretenimento. Um espetáculo visual até para os críticos mais chatos. Tem bons diálogos, atuações prejudicadas, personagens descartáveis demais, mas um universo colossal, monstruoso e de deixar boquiaberto.

MUITO BOM
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